Por que viver num país emergente?

Muitos brasileiros vão para a Europa e lá aprendem a usar o transporte público, a enxergar como é viver diante de um menor abismo social, a viver de uma forma mais austera, a deixar de lado os padrões supérfluos da classe média brasileira, entre outras tantas descobertas. Algo que à primeira vista é lindo e maravilhoso.

Mas eu pensei, e pra quem se acostumou com Índia e Egito? De todos os países que visitei até agora, estes 2 foram o que mais me marcaram. Muitos me vêem como maluco e não estou nem aí para opiniões alheias… Fui a ambos os países porque eu quis, jamais reclamei de poeira, do calor entre 45ºC e 50ºC, do frio do deserto, das realidades nada glamourosas à minha volta.

Eu no Festival de Navatri, uma das tantas experiências que vivi na Índia

Eu no Festival de Navatri, uma das tantas experiências que vivi na Índia

Mas vou responder porque viver na Índia e no Egito foram experiências marcantes e fez com que eu criasse raízes em ambos os países.

Aprendi que a vida é algo imprevisível, e eis a graça de viver. A vida não pode ser reduzida a meros números, horas, minutos e segundos. Não saber o que acontecerá daqui a 1 hora (e menos ainda amanhã) nos livra de quaisquer apegos e medos, nos liberta para o que der e vier e faz com que ouçamos as nossas próprias vozes.

Descobri que somos o que pensamos! Algo tão simples, e você precisou atravessar o mundo pra isso? Sim, porque experiência apenas obtemos quando sentimos na pele, e não dando sermões e lição de moral por aí afora. Em meio ao que conceituamos como as piores condições de vida, vi pessoas sendo realmente felizes,  dando duro rumo aos seus sonhos e ambições (quantas pessoas abrem mão dos sonhos em nome de conforto, status, pressões externas, o que seja?), não reclamando e nem jorrando raiva por pequenas coisas.

Bate-papo, reflexão, estar com os amigos: esse é contexto da shisha

Bate-papo, reflexão, estar com os amigos: esse é contexto da shisha

Senti na pele que a vida pulsa em todas as nossas atitudes diárias! Seja batendo boca ao barganhar, buscando alternativas quando ouvimos um não à nossa frente ou diante de um diário imprevisto; a vida pulsa de fato quando não perdemos tempo enganando a nós mesmos!

Tive lições práticas de hospitalidade, até de pessoas que não conheço.  Tomando um chá, uma cerveja, fumando uma shisha (o famoso narguile, que tanto adoro!) ou simplesmente pedindo uma ajuda a desconhecidos, vivi muitas das simples experiências que marcaram as minhas andanças! Porque atingimos o nosso melhor potencial quando deixamos de lado mesquinharias, quando percebemos que somos apenas mais um num universo que vai continuar mesmo que morra amanhã.

Visitei lugares extraordinários! Não há fotos no Facebook que possam descrever os aprendizados que obtive ao me colocar diante de experiências, pessoas, idiomas, histórias, tradições inusitados. Torre Eifel, Big Ben, Coliseu, para monumentos, uma foto basta! A experiência de se pôr em outras perspectivas é indescritível!

Na volta ao Brasil, vieram as saudades da Índia e do Egito, que mato frequentemente mantendo contato com os amigos que lá estão, preparando a chai indiano e a shisha do jeito egípcio. Irei muitas vezes a estes 2 países ao longo da minha vida.  Mas o melhor a ser feito é tirar partido das mudanças que obtive. Os resultados, eu mesmo descobrirei daqui pra frente.

2 respostas em “Por que viver num país emergente?

  1. Sempre tive uma afeição pela India, pelas músicas, alguns tipos de dança… E agora andei assistindo uns filmes de lá e me apaixonei completamente. Acabei parando aqui no seu blog e fiquei com muito mais vontade de ir lá rsrs Bjobjo

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